“Senhor, ensina-nos a orar” (Lc 11,1)
Como o Pe. d`Alzon, homem de fé, reconhecemos a necessidade da oração. Ela nos abre à ação de Deus. É a fonte sempre renovada da nossa ação apostólica. Pela fidelidade ao Evangelho nas nossas escolhas, no nosso trabalho cotidiano, na nossa abertura aos outros e nossa disponibilidade diante dos acontecimentos, nossa vida inteira, sob a ação do Espírito Santo, torna-se encontro com Deus.
Expressa-se em louvor ao Pai pela revelação de seu amor e em ação de graças pelo que Ele realizou em nós e nos homens. Leva-nos também a pedir, para o mundo e pra nós, seu perdão e força de cumprir sua vontade.
Por sua vez a oração nos brinda com intimidade filial com Deus, vigor na fé e generosidade na ação.
Nossa vida de oração nutre-se da Palavra de Deus, particularmente na meditação da Sagrada Escritura, na celebração do ofício divino e na ação litúrgica.
A Eucaristia é seu centro. A comunhão com o Corpo de Cristo nos impele a viver no amor fraterno e no serviço da união entre os homens.
Pela recepção frequente do sacramento da penitência, nos abrimos ao perdão de Deus e participamos assim mais plenamente do mistério pascal.
Depois de Cristo, nosso único mediador, a Virgem Maria ocupa, na nossa oração, um lugar privilegiado, como Mãe do Senhor e sua humilde servidora em seu desígnio redentor. Com ela contemplamos os mistérios do Verbo encarnado, especialmente na oração do terço.
Nossas grandes intenções são as da Igreja.
Temos também a preocupação com nossos irmãos vivos, já que o vínculo da comunidade nos une mais estreitamente a eles, e com nossos irmãos defuntos, pelos quais oferecemos fielmente as orações prescritas à sua intenção.
Nossa oração põe em questão nossa vida à luz do Evangelho. Temos que nos perguntar como nossa vida entra em nossa oração e como nossa oração age na nossa vida e na da comunidade.
A oração é difícil para todos. Ela nos leva à luta para que a experiência de Deus ilumine continuamente o nosso olhar sobre o mundo. Ela exige uma disciplina de vida, pessoal e comunitária, que nos mantém atentos aos apelos do Espírito.
Cada religioso deve poder contar com seus irmãos para encontrar com eles condições favoráveis à oração: recolhimento, apoio mútuo, lugar adaptado, espírito de liberdade e de criatividade.
No Capítulo Local, os religiosos determinam o ritmo e as formas de oração comunitária, de modo particular: a liturgia cotidiana das horas (de preferência: Oração da manhã e da tarde), a Eucaristia comunitária, os tempos de retiro e de silêncio que mais convêm. Todos são responsáveis.
Cada religioso é responsável, segundo sua sensibilidade espiritual, pela organização de seu programa de oração pessoal.
Determinará momentos regulares de reabastecimento espiritual, em particular o retiro anual.
“A contemplação e ação estão unidas para nós num mesmo fim: promover a extensão do Reino de Jesus Cristo” (Diretório, E. S. p.79).