Gaétan Bernoville*
A vida do Pe. d’Alzon não terminou em 21 de novembro de 1880, mesmo que sua caneta caísse dos dedos naquele dia.
Ele se despediu de seus religiosos como seu mestre, à maneira do patriarca Agostinho que, em seu leito de morte em Hipona, previa uma nova era para a vida da Igreja diante da invasão dos vândalos no norte da África.
No caso de d’Alzon, o Colégio de Assunção em Nîmes, em novembro de 1880, aguardava uma busca e expulsão pela polícia, quando os decretos do prefeito Jules Ferry sobre o ensino não autorizado de ordens religiosas seriam aplicados. A intervenção do Bispo Besson junto ao Presidente da República, Jules Grévy, obteve apenas uma pequena suspensão.
O Fundador morreu na incerteza quanto ao destino de suas congregações. Seus homens, 70 religiosos fortes, operavam em 13 comunidades distribuídas na França e na Bulgária, mas nada havia de certo quanto ao futuro. Os Oblatos estavam vulneráveis nas mãos de um superior doente.
Suas esperanças estavam em outro nível. Sua serenidade com relação à posteridade espiritual era mais um ato de fé do que uma certeza baseada em estatísticas sólidas. Colocada nas mãos do Pe. Picard, a Assunção, com o vigor de seu espírito, encontraria seu caminho de vida na Europa e nas estradas do novo mundo.
O Fundador morreu na incerteza quanto ao destino de suas congregações. Seus homens, 70 religiosos fortes, operavam em 13 comunidades distribuídas na França e na Bulgária, mas nada havia de certo quanto ao futuro.
Foi sepultado em 24 de novembro de 1880, no cemitério de Saint Baudile de Nîmes; os restos mortais de Pe. d’Alzon foram exumados três vezes.
A Causa do Servo de Deus, aberta em 1930 e estudada longamente devido a suas orientações mais ou menos bem inspiradas (1958), seguiu um caminho sinuoso. São João Paulo II finalmente assinou o decreto reconhecendo suas virtudes heroicas em dezembro de 1991.
Tudo o que faltava para sua beatificação, um milagre autenticado, foi cumprido em 9 de fevereiro de 1975 quando Maria Eugênia de Jesus foi beatificada por São Paulo VI. Certamente Pe. d’Alzon pode ter o consolo de ter cumprido sua promessa de trabalhar pela perfeição de alguém que ele dirigiu espiritualmente. Em parte, ele era responsável por sua perfeição.
Que, acima de tudo, suas filhas e filhos continuem hoje a promover em todos os continentes seu chamado a uma vida religiosa apostólica e fiel ao Evangelho.
*Escritor francês membro da Academia de Letras.