Um dia o padre Henri Brun estava lavando alguns purificadores e corporais, perto da porta da antiga sacristia e bem próximo ao escritório do padre d´Alzon. Eu me aproximei do padre Brun e começamos uma conversa um tanto quanto barulhenta. O padre d´Alzon saiu de repente de seu escritório e dirigindo-se a mim com um ar severo disse:

“Menino! Tenha um pouco mais de bom senso. Enquanto um sacerdote lava as alfaias que tocaram o corpo de Nosso Senhor Jesus Cristo, tarefa que não é indigna dos anjos, você vem aqui e começa a rir e a dizer tolices”.

A porta do escritório se fechou, fez-se um silêncio sepulcral e eu me retirei instantaneamente. Isto já faz mais de quarenta anos e ainda não esqueci que o padre Brun não saiu em minha defesa, dizendo que foi ele mesmo quem começou a conversa. Se por acaso ele ler estas anedotas espero que me apresente as desculpas que me deve, porque em assuntos como este não existe prescrição.

Pe. Galeran (1896)

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