Ir. Marcos Antônio
Desde suas origens nossa congregação percebeu a importância do trabalho conjunto entre religiosos e leigos. Na esperança de continuar fieis a este aspecto do carisma assuncionista é a que comissão de leigos tem tentado, de algum modo, animar nossas comunidades religiosas para assumirem esta tarefa, não apenas importante ou interessante, mas imprescindível para a vitalidade e a qualidade mesma do nosso trabalho apostólico. A fim de realizar este trabalho a comissão traçou um plano bem objetivo para o ano de 2004. O projeto consistia na realização de um encontro com leigos em cada uma das nossas seis paróquias. Os objetivos eram claros: divulgar a espiritualidade assuncionista e avaliar a possibilidade da formação de núcleos que pudessem articular e pensar uma forma de cooperação assuncionista entre religiosos e leigos. O plano foi realizado em parte. Com efeito, realizamos os encontros previstos em três de nossas paróquias (São Paulo, Eugenópolis e Campinas), nas demais paróquias (Vieiras, Pinhal e Rio), por motivos vários não realizamos os encontros. Ao chegarmos ao final deste ano, é necessário que façamos algumas considerações que deveriam ser aprofundadas pelas diferentes comunidades religiosas de nossa província.
Atualmente temos dois grupos de Amigos da Assunção (Pinhal e São Paulo), Eugenópolis e Campinas estão iniciando esta experiência. Os grupos de Amigos da Assunção são uma instância onde os leigos que colaboram na evangelização ao lado dos assuncionistas podem refletir a espiritualidade que os anima, partilhar suas dores e angustias, traças planos e projetos comuns, etc. No entanto, estes grupos deverão ser o reflexo de uma atividade desenvolvida anteriormente. Assim, a cooperação religiosos-leigos não se expressa em um ou outro encontro esporádico, mas deve acontecer em todas as dimensões da vida apostólica. Somente no contato freqüente com os religiosos é que os leigos podem desejar assumir, a seu modo, a causa do Reino em cooperação com os assuncionistas. Deste modo, não adianta tentar criar grupos de amigos da Assunção enquanto cada religioso não se convencer da urgência de partilhar nossa espiritualidade no dia-a-dia. Acreditamos que, de modo geral, nós religiosos estamos conscientes disto; no entanto, não nos arriscamos muito e, na maioria das vezes, esperamos que as pessoas nos procurem querendo conhecer mais nossa espiritualidade e nosso modo próprio de viver e anunciar o evangelho. Talvez seja necessário mais audácia de nossa parte em propor, divulgar, incentivar e organizar encontros; em acompanhar os leigos que estão mais próximos de nossas comunidades, mostrando-lhes o modo assuncionista de trabalhar em favor do Reino.
Devemos, pois, nos perguntar em primeiro lugar se estamos realmente dispostos a nos envolver na formação e no acompanhamento de pessoas que, trabalhando conosco, sintam-se atraídas por nossa espiritualidade. É preciso ressaltar, por exemplo, que em nossas assembléias e documentos a cooperação religiosos-leigos é sempre tratada como uma das nossas prioridades, o que infelizmente muitas vezes não é levado a sério. Novamente é preciso ter claro que não estamos afirmando a inexistência total de uma colaboração entre religiosos e leigos nas diferentes paróquias e comunidades, evidentemente sem colaboração não seria possível a realização de nenhuma das atividades desenvolvidas nas nossas diferentes paróquias; observamos, porém, a necessidade de que esta cooperação esteja marcada e impregnada pelo carisma assuncionista.
Finalmente, gostaríamos de considerar que se já existe alguma cooperação entre religiosos e leigos é o momento de aproveitá-la para criar laços mais profundos entre os nossos colaboradores, estes laços não devem repousar apenas no trabalho que eles desenvolvem em nossas paróquias e comunidades, mas deverão repousar especialmente na partilha do carisma assuncionista que acreditamos ser um dom de Deus para a Igreja. Aqui voltamos a insistir na importância dos grupos de Amigos da Assunção como uma instância que nos possibilite a difusão de nossa espiritualidade, ao mesmo tempo em que demonstre nossa capacidade de despertar nos outros o desejo de conhecer mais a Cristo, a fim de que O conhecendo possam amá-Lo mais.
Projeto de cooperação religiosos/leigos em âmbito Provincial
Constatações:
– Pouca divulgação do carisma Assuncionista, pelos religiosos.
– Carência de cursos de formação Assuncionista para os leigos.
– Falta de conhecimento da espiritualidade Assuncionista, por parte dos leigos.
Objetivo do projeto:
– Criar Grupos de Espiritualidade Assuncionista onde leigos e religiosos possam juntos aprofundar o Carisma da Congregação. A convocação de um religioso e um leigo para a instauração do grupo em cada paróquia e acompanhamento do projeto, é de fundamental importância.
Objetivos do grupo:
– Aprofundar o carisma Assuncionista.
– Solicitar cursos de espiritualidade Assuncionista.
– Incentivar a participação dos leigos na Pastoral Vocacional.
– Intercâmbio entre os grupos de leigos Assuncionistas (troca de experiências, celebrações e lazer) utilizando, para isso, os seminários de Eugenópolis e Pinhal.