A pandemia, o isolamento social nos satura, estamos esgotados diante de tudo o que se apresenta, entretanto, como cristãos precisamos encontrar em Jesus de Nazaré forças e respostas para seguir caminhando. O mundo nos questiona sobre nossa profissão de fé: aonde está Deus diante da pandemia!?
Nós como homens e mulheres, seguidores de Jesus Cristo devemos buscar em nossas fontes, na tradição, naqueles que já passaram por períodos críticos na história e encontraram caminhos concretos e espirituais para ultrapassarem as crises que os perpassaram.
Saliento que todos nós conhecemos as medidas sanitárias e sabemos as formas comprovadas de evitar o contágio dessa pandemia, portando, não gostaria de saturar-nos sobre esse assunto tão disseminado nos meios digitais.
O Padre Emmanuel d’Alzon, fundador dos Religiosos Assuncionistas que viveu no século XIX, nos traz elementos para superar estas dificuldades que surgem diante da vida. O venerável Pe. d’Alzon foi profundamente tocado, desinstalado e influenciado pelo mundo que o cercou: fome, injustiça, revolução político-social e a perda de identidade no seguimento de Jesus.
Entretanto, o Pe. d’Alzon revolucionou o mundo ao seu redor, apaixonado pelo Senhor, concede ao mundo e a Igreja um novo carisma: a fundação de duas Congregações, os Religiosos Agostinianos da Assunção e as Irmãs Oblatas da Assunção. Ademais, administrou inúmeras obras na diocese de Nîmes, no sul da França.
Emmanuel d’Alzon dá ao mundo em que viveu uma resposta de amor e de esperança no Senhor: Deus está em mim! E age através dos meus atos. d’Alzon não solucionou os problemas que o cercavam, mas construiu um mundo melhor, mostrou a esperança e o poder que procede da Palavra de Deus, palavra revigoradora, que dá vida, que nos coloca na escuta e no serviço diante da vida.
O próprio Jesus se apresenta como Caminho, Verdade e Vida. Caminho porque sua existência nos revela o rosto misericordioso e bondoso do Pai, de como devemos agir para chegar até Ele. Vida, pois o encontro com a pessoa de Jesus é transformador, gera esperança e novos horizontes. Não há quem tenha se encontrado com Cristo e permanecido da mesma forma.
Cabe a cada um de nós, irmãos, encontrar caminhos de esperança, de paz e fraternidade, pois, não existe uma resposta fechada, acabada. Tenhamos a coragem de seguir a Cristo!
Por Ir. Yan Pires, A.A.
(Religioso Assuncionista, província do Brasil)