No dia 30 de Agosto de 1810, na casa da família conhecida como “La Condomine”, em Vigan (França), após quatro anos de longa espera, Madame Jeanne-Clémence de Faventine Montrendon dava à luz um lindo menino. Henri Daudé d’Alzon, enquanto aguardava o nascimento do filho, rezava o terço e passeava debaixo dos belos castanheiros que davam sombra à nobre casa. Estremeceu quando lhe disseram: “Senhor Visconde, vós tendes um filho”! O pai correu para junto do recém-nascido e disse pegando o bebê: “Bendito seja aquele que vem em nome do Senhor!”.
Após quatro dias do nascimento, na Igreja São Pedro do Vigan, a criança foi batizada por um dos seus tios, o Cônego Lyron d’Ayrolles. Deram-lhe o nome de Emmanuel José Maria Maurício d’Alzon.
Em 1832 ele entrou no Seminário de Montpellier. Dom Prosper Guéranger tentou atrair o jovem clérigo a seu mosteiro beneditino em Solesmes mas seu convite foi educadamente recusado. Emmanuel optou por terminar os estudos preparatórios à ordenação na Universidade Gregoriana, em Roma, onde rapidamente se desencantou. Sentiu que estava perdendo seu tempo.
Ainda assim permaneceu na Cidade Eterna, tendo aulas particulares com os professores mais talentosos de Roma, incluindo o Reitor do Colégio Inglês, o futuro Cardeal Wiseman.
Ordenado sacerdote em 26 de dezembro de 1834, ofereceu o primeiro Santo Sacrifício da Missa no túmulo de São Pedro no dia seguinte. Em 1835 ele entrou para a diocese de Nîmes (França) e, apenas dois anos mais tarde, foi feito Vigário Geral. Esta posição ele manteve por 45 anos sob quatro bispos. Também em 1835 ele fundou “O Refúgio”, uma obra de caridade para meninas de vida irregular. Ao dar a sua permissão para este novo apostolado, o Bispo Chaffoy ironicamente prestou homenagem à grandeza do Vigário Geral: “Vá em frente meu filho, todos os fundadores são tolos, e você tem todos os sinais disso”. (Ir. André Marie, Prior do Centro São Bento em Richmond (EUA); tradução e edição de Ehusson Chequer)